terça-feira, 17 de novembro de 2009

Pricipais Obras de Machado de Assis














Cronologia das Obras

Memórias Póstumas de Brás Cubas

Uma das mais populares obras do autor, o romance Memórias Póstumas de Bras Cubas foi publicado originalmente como um folhetim, em 1880, em capítulos, como na Revista Brasileira. Em 1881, saiu em livro causando espanto à crítica da época, que se perguntava se o livro tratava-se de fato de um romance: a obra era extremamente ousada do ponto de vista formal, surpreendendo o público até então acostumado à tradicional fórmula romântica. É narrada pelo defunto Brás Cubas, que escreve a própria biografia a partir do túmulo (sendo, portanto, segundo o próprio, não um autor-defunto, mas o primeiro defunto-autor da história, que é caracterizado por ter morrido e depois escrito, diferente do outro que foi escritor depois morreu). Começa suas memórias com uma dedicatória que antecipa o humor negro e a ironia presente em todo o livro: Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico com saudosa lembrança estas Memórias Póstumas. Brás Cubas também expressa o humor negro quando diz que a obra foi escrita com a pena da galhofa e a tinta da melancolia, no "Ao leitor".


Quincas Borba
Quincas Borba é um romance de Machado de Assis publicado em 1891. Juntamente com Memórias Póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro, é considerado uma das obras-primas do escritor brasileiro. É nesta obra que Machado explica com mais vagar o Humanitismo, filosofia de vida formulada por Quincas Borba em Memórias Póstumas.

O romance conta a vida de Rubião, um pacato professor que se torna rico da noite para o dia ao receber uma herança deixada pelo filósofo Quincas Borba, criador de uma filosofia chamada Humanitismo. Rubião passa a viver no fausto da Corte do Rio de Janeiro, num ambiente a que não estava acostumado e que muito o deslumbra. Torna-se amigo de um casal, Cristiano Palha e Sofia, em torno dos quais e do próprio Rubião gira todo o enredo do romance. Há também um cachorro, o Quincas Borba, que herdou o nome do filósofo, que fora seu dono, antes que ele passasse a pertencer a Rubião.

Rubião acaba sendo traído pelo casal Palha e Sofia, pois estes estorquem seu dinheiro, esta com os presentes caros que ele lhe dá; aquele com os empréstimos que lhe toma e nunca paga e com a sociedade que constituem - quando os negócios começam a ir bem e Palha percebe que Rubião está cada vez mais pródigo e que suas chances de lucro no futuro são cada vez maiores, desfaz a sociedade e não paga os atrasados ao amigo.

Rubião morre pobre e solene. Já muito afetado pela doença na sua cidade natal, relembra parte de uma explicação que lhe foi dada por Quincas Borba, e que habitou muito sua mente nos primeiros momentos quando soube que herdara toda fortuna do citado filósofo, diz: "Ao vencedor, as batatas". Muito resumidamente isto quer dizer, a quem venceu a guerra, que desfrute das batatas. Nos campos de batalha pós-guerra, se a tivesse vencido, teria o luxo de desfrutar de deliciosas batatas. Naturalmente, referindo-se a sua "odisséia" de Minas à corte, e de lá cá de volta.












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